On the street #80








Não há dia que passe (ou pelo menos, poucos), em que eu não fotografe alguma coisa. 
Gosto de fotografar aleatoriamente. Coisas bonitas, coisas menos bonitas, coisas imperfeitas. Dá-me prazer guardar fotos que me inspirem, causem inquietação ou que serviam para imortalizar um determinado momento; as fotografias têm essa capacidade quase mágica.
Quando estou feliz, tiro fotos. Quando estou triste, também tiro.
Muitas vezes, posso parecer confiante nas fotos. A verdade é que não sou assim tão confiante. Na maior parte das fotos sinto que não estou bem. Ou pelo menos como eu acho que deveria estar.
Somos mestres em apontar dedos aos nossos próprios defeitos, mesmo antes de todos os outros.
Temos em nós a arte de enaltecer as coisas menos boas, ao invés das qualidades, ou não vivêssemos nós numa sociedade que idolatra uma suposta perfeição que não existe.
É um trabalho. Sim, um trabalho! Um trabalho diário, aprendermos a aceitar as nossas imperfeições e a valorizarmos as qualidades.
Esta foto foi tirada há uns dias atrás, sem que eu desse conta. E, gostei dela. Gostei sem que lhe tivesse apontado defeitos.



Every day I photograph things. Random stuff. Some shoots are about beautiful things, other imperfect ones. I really like to store pictures of things that make me think, inspire or just keep a moment live. When I'm happy I like to shoot, and when I'm sad I like to do it aswell. When am I'am photographed, I can look confident but actually I'm not that confident. We are all masters on pointing out our faults and imperfections before everyone else does. In most of my photos I feel that I'm looking really bad. Unfortunately we live in a society that demands perfection and its a really damn daily hard work to embarace our failures and imperfections.
This photo was taken by chance and I liked it, without having pointed a thousand defects that usually point to myself. 




P.



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