From Tiffany´s with LOVE


Today, it´s Valentine´s day so I decided to do a special post for you.
This photos are from the luxury and iconic Tiffany & Co and they can speak for themselves... Get some inspiration with or without diamonds.
Have a great Valentine´s Day and remember that love doesn´t need a day or agenda!




Escrever sobre diamantes é difícil. Mas, ainda mais complicado é escrever sobre amor.

Como canta Maria Bethânia, nas palavras de Fernando Pessoa, Cartas de amor são rídiculas. Talvez sejam, concordo.

Mas é bom escrever essas coisas ridículas, quando efetivamente são sentidas e o bom que é receber cartas assim, ridículas, sem esperar e de quem mais se quer receber.

Nunca fui de me deixar encantar pelo dia de S. Valentim, o famoso dia dos namorados. Acho que acaba com qualquer romantismo, saber que se faz porque é bonito fazer. Porque fica bem, porque há um dia para isso.

O romantismo não é isso, quanto a mim.

A minha visão de romantismo é um pouco exacerbada talvez. Mas, para mim, romantismo é um porque sim pegado. Um porque sim, porque se quer, um porque sim porque se perde a cabeça, um porque sim porque não há distâncias, nem fronteiras, nem limitações.

É um imprevisto, é aquele presente que apeteceu comprar, a palavra que coreografa a frase certa, no momento indicado. O abraço no tempo que se acha perfeito, os beijos que nos amassam e tiram o fôlego.

Não me levem a mal, mas romantismo e questões práticas não costumam ligar muito bem. O peluchezinho em forma de coração, as canecas, as meias, o "Amo-te muito" num azulejo, a ida a um restaurante no mesmo dia que toda a gente, é tão aborrecido.

Gosto de ver amores estúpidos, carregados de essência, sem comodismos e sem horas nem dias marcados. Amores cheios de vibrações, sem medos e, não, não estou a falar de paixão. Falo mesmo de amor.

Amor, para mim, não é uma ajudazinha que a vida dá. Não é um porque calha bem, porque se mora perto, porque é boa pessoa. Não é uma coisa tão tranquila que até nos faz comichão nos dentes.

No amor, nada está certo, ou instituido. O amor é algo que se vive um dia de cada vez, com subtileza, com sedução, com este ou aquele pormenor para manter a chama. Não é um resumo, nem um livro! São coleções e coleções de livros tal e qual aquelas do "Planeta Agostini". Em que se folheia, se lê, relê, se avança e às vezes, se retrocede.

É um bocado de céu e de inferno, ao mesmo tempo. Como refere Mark Twain "Prefiro o céu pelo clima, o inferno pela companhia". 

O amor não é fácil, não é um ponto final. São frases e frases, cheias de vírgulas de adjetivos, de verbos. É uma espécie de ilusão verdadeira (como se isso fosse fácil de juntar), algo maior do que as vidas normais, do trabalho, das doenças, dos problemas, das arrumações das casas, dos planos para as próximas férias.

O amor é absurdo, é fantasioso, é algo que se explica sem se explicar, se sente como um bicho que nos vai comento as entranhas aos poucos e sem anestesias gerais. É um reconfortante sentimento de sofreguidão, é o fio da navalha.



O amor é aquele estremecer de alma, algo que não se consegue explicar de tão violento (no bom sentido).

O amor, é raro, é confuso, é difícil e, às vezes, cheio de lugares comuns, mas deliciosos lugares comuns.

É uma ilusão. Daquelas salpicadas de doce e de salgado ao mesmo tempo. Não é a procura da outra metade da laranja, nem o colocar açúcar na metade do limão, para ficar mais doce. É algo que acontece. Um "que se lixe" tudo o que já sabe e tudo o que as outras pessoas acham que sabem. 

É uma estória, escrito com a letra e, a mesma estória que dá nome a outras estórias de encantar, mas que somos nós a escrever, a imaginar, a citar, a apagar, a acrescentar. É uma coisa única e irrepetível, às vezes, devastadora.

Nunca há dois amores iguais, não podem haver.

Há amores que duram a vida inteira e outros que pouco tempo, mas acabam por marcar uma vida inteira. É tortuosa esta dicotomia entre o amor e a vida.

E, muitas vezes, as pessoas preferem-se proteger, porque é mais seguro. Porque o amor pode ser tão bom, mas tão destrutivo.

Com efeito, o amor não tem de ser só por pessoas. Pode ser pela vida, por momentos, por pequenas grandes coisas. O amor, ah... o amor, pode impreganar tanta coisa!

Amem muito, sem dias, nem horas marcadas que alguém instituiu. Amem todos os dias, mesmo depois de discussões, de portas batidas. Nunca desistam de acreditar no amor. Mesmo que a vossa alma já tenha sido despedaçada, pisada, arrebatada, atirada contra um muro uma data de vezes, mesmo que já tenham colado e partido o vosso coração, tantas e tantas vezes. Amem sem arrependimentos, sem filtros. Partilhem esse amor, se quiserem, ou não, guardem só para vocês e para quem amam. Lembrem-se que não há regras, nem fios condutores, somos nós os senhores dos nossos amores.
Não tenham vergonha de arriscar, vergonha é não arriscar. Não tenham pena de dizer o que sentem, seja ou não correspondido. Não tenham medo de se colocarem em bicos de pés para que a pessoa que gostam repare em vocês, se for preciso.

Aproveitem o agora, para dizer ao alguém que gostam o que sentem. Há sempre tantos amanhãs, uns a seguir aos outros, porque não o hoje?

PC

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5 comentários

  1. ...and I take this opportunity to say that you're always in my heart, in everything I do and everything I am! :)

    <3<3<3

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  2. OHH lindo o texto. tão verdade! revi-me em tantas palavras que escreveste..podiam ser minhas :)

    Depois este comentario da ana, termina tão bem um post como este!

    Beijinho*

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  3. As tuas palavras emocionaram me ! Gosto de sentir q há pessoas assim ... Que vivem intensamente ! Levo estas palavras comigo ! Tenho a certeza de que as pessoas da tua vida são muito mais felizes por ter a tua amizade ! És grande ! Um beijinho enorme

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  4. El amor es absurdo, incoherente, alocado, frenético... Pero ante todo, respeto. Se ha mitificado terriblemente la idea del amor, tanto que se ha desvirtuado.

    El amor es sencillo: tú y yo y el resto no importa. Y éste, siempre nace con vocación de eternidad.



    Un saludo,
    Fran.


    http://hallamadovalentino.blogspot.com/

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  5. Obrigado pelas vossas palavras. Fico tão feliz a ler coisas assim...

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Obrigado!
Thank you!